terça-feira, setembro 25, 2007

Fireworks

"Je suis la fille d'un bandit et j'en ai marre
Ma mitraillette fait "tic tac toc"
Electrochoc"
(2005 - Vive la fête)

Tem vezes que pareço uma metralhadora, atirando culpa por todos os lados. Já não bastassem as minhas que pesam como o mundo, não. Eu preciso atrair mais gente para dentro do buraco negro.
Eu nem sei como se chega ao ponto em que estou. E também penso ser pior do que realmente é. Acessos de bipolaridade, de ansiedade/depressão, de entusiasmo/apatia. Coisa de louco mesmo.
A última resposta com a qual apareci foi: ah, eu sou esquizofrenica.
Meu mundo é meu, e são poucos os que conseguem sobreviver nele, porque é overwhelming. É too much. Muito peso para mim, imagine para quem está de fora e ainda por cima comigo querendo sobrecarregar a mim e a todos em volta. Tal qual metralhadora.
Agora é uma daquelas fases de falar e fazer demais, de ser demais, das intensidades, das explosões, das tempestades. Sacudidelas em meio ao ócio não criativo, ums tapas para deixar de ser autômato.
Ou vou subindo por caminhos distorcidos ou vou me embrenhando mais para dentro. O certo é que se for puxada pra baixo, grito e me contorço em espasmos dilacerantes.
And I get back on track.
As vezes odeio quem gosta de mim porque não encontro razões que eu não deveria mesmo encontrar. Eu não sei lidar com apêndices, corpos que não são meus mas que estão, de alguma forma ligados a mim. A verdade é que não sou amável.
Não que eu seja sozinha mas eu escolho. E escolho errado. Minhas paixões são as irrealizáveis, assim como meus sonhos.
Eu quero sempre os impossíveis. E o que está aqui, é muito fácil.