quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Regressão

Eu não entendo. As pessoas passam para uma Universidade, para os "templos do saber" e... continuam a viver a vida como se nada houvesse. Como se dali e daqueles livros e daqueles professores e daquelas pessoas, elas não tivessem tirado lições valiosíssimas, que são life changing.
Não entendo como, depois de certas experiências e leituras e convivências e estudos as pessoas não só conseguem permanecer as mesmas, usando as mesmas roupas, ouvindo as mesmas músicas, saindo para os mesmos lugares, com as mesmas pessoas, vendo os mesmos filmes e lendo (ou não lendo) os mesmos livros como também conseguem regredir. E regredir de uma maneira que você achava não ser possível. Como por exemplo, depois de uma vida inteira a dois, mesmo que essa vida tenha sido composta de meses, voltar ao ritmo "tô na pista pra negócio". Como? Como, sem ter um motivo, plano ou uma idéia muito concreta do que se está fazendo, se relacionar aleatoriamente com pessoas inteiramente desconhecidas toda vez que se sai só porque...a pessoa te olhou. E o que isso quer dizer? Se alguém te olha com segundas intenções, você tem que fazer alguma coisa sobre isso? Isso não é algo extremamente machista, tipo... ter que honrar as calças? Não é hediondo quando uma mulher tem esse tipo de comportamento? Eu acho. Porque se não achasse, o que isso iria querer dizer? Que eu ia ter que fazer algo com relação ao operário da esquina que me canta toda vez que eu passo por ele? Pense bem, a premissa, é a mesma. Mas aí é diferente, né? Não, na verdade não é.
Sabe como se reconhece uma pessoa dessas? É o tipo de pessoa que, quando está na Universidade, a grande epifania para essas pessoas vai ser a Teoria Freudiana. Longe de mim negar a importância de Freud para a psicanálise e para o entendimento do Indivíduo e da Sociedade, mas... sinceramente, como, em pleno século XXI, alguém pode achar que Freud é algo tão inovador e revolucionário e repensar sua vida através disso? Simples... Pessoas que não prestam atenção ao que mais aprendem. Pessoas que não tem o mínimo conhecimento de filosofia e psicanálise, pessoas com a mente pequena que gostam de se achar algo interessantes, cultas e inteligentes. E aí você vê uma dessas pessoas falando tão animadamente da aula sobre Freud que assistiu que... dá até vontade de rir. Vontade de rir dessas pessoas sem filtro, que não conseguem ligar o que aprenderam à sua vida, à vida alheia e aos dias e sociedade atuais.
É, um dia, qualquer pessoa se torna extremamente decepcionante e qualquer resquício de admiração escorre como água num ralo.

* Esperando uma excessão à isso.

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