dear diary

Olha, vou contar que estou finalmente dando vazão às coisas. As pessoas que nunca perceberam (ou vá lá, perceberam e eu aqui me enganando), mas, eu sou chata. Eu sou entediante. As vezes, eu sou engraçada. Mas o meu senso de humor ou é muito bobo ou é pseudo, ou é uma coisa meio non sense, que só eu entendo e fico rindo sozinha. Na verdade, eu acho que minhas piadas deixam as pessoas sem graça e só tem graça pra mim.
Agora nesses tempos de greve, estou servindo de intérprete num evento de ciências atuarias lá da UERJ e estou odiando, óbvio.
Parei de fazer todos os meus trabalhos depois de um tempo. Só agora que eu voltei a pegar no Woyzeck pra escrever meu trabalho/artigo. Quando eu não estou trabalhando num trabalho que eu odeio, eu estou vendo televisão, ou...
É, ou. Ok, nem sempre.
E sim, eu me casei.De verdade. Eu estou chata porque eu sou feliz. Estou monotemática, com um mesmo pensamento recorrente, morrendo de preguiça depois de algumas horas.
Eu estou feliz, feliz, feliz. Na verdade é como se eu estivesse vivendo num estado automático entre consciência e inconsciência. Certas coisas me despertam. Ela, certamente.
O que poderia ser legal em mim, aquela animação, sair todo fim de semana e tal, ainda existe, em menor escala. Aliás, bem menor. Microscópica. Meu quarto, minha cama, são um mundo enorme.
E a razão pela qual eu não tenho palavras é porque pela primeira vez eu preciso um pouco menos delas. Consigo ver e saber tudo o que eu preciso, em determinados momentos, sem elas.
Sou isso então. Apaixonada e rotineira, preguiçosa, carente, resmungona e outras coisas que não cabem num espaço de um blog.
Eu volto. Do meu jeito de verdade. Dessa Mayra de agora. Mas volto.