As pessoas não param de me ligar enquanto eu faço prova. Ontem, durante a aula de alemão, meu celular vibrava insistentemente dentro da mochila fazendo barulho quando se chocava com os outros objetos.
- De quem é este celular? Eu fiquei quieta. Já estava me sentindo ridícula o suficiente pelo fato de ter que e não ter decorado as Konjunktionen, que eram muitas mas não foram explicadas.
Minha mãe não para de entrar no quarto para me mostrar esmalte caixinha de sabonete roupa presente tudo o que ela comprou.
(sim, sem a vírgula, estou tentando o desapego porque eu gosto é delas demais).
estou morrendo de sono,a esta altura não existem maiúsculas, só repetição de mesma letra:
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
não vou dormir.
gente reclamando da vida comigo enquanto eu me seguro para não começar a verborrágia de reclamar da minha vida, não esta semana qualquer reclamação que eu tiver que fazer, já sabe: culpo hormônios.
aquela menina da faculdade me irrita essa semana e ela não entende que, uma vez por mês, ela se torna insuportável.
- Meu amorzinho, não aguento ouvir tua voz, não senta do meu lado faz favor.
e não aguento ouvir as minhas palavras itálicas de mão direita que é toda uma esquerda, contraditória de si.
Um comentário:
Eu li umas três vezes esse texto, porque adorei. Achei de uma sinceridade, de uma espontaneidade tremenda. Parece você consigo mesma percebendo o que está escrevendo, como numa "conversa informal" contigo.
Que os hormônios estabilizem :)
E que o sono passe... dormindo, ou não dormindo.
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