quinta-feira, março 23, 2006

Matrix

" A realidade em si é inapreensível"

Apesar de sabê-la verdadeira, essa premissa é algo que me assusta e me desampara.
Entendo que não vemos nada - absolutamente nada - no mundo do jeito que realmente é.
O que enxergas são prótons, nêutrons, elétrons, quackers, ou qualquer outra partícula físico-química que devido à sua agitação formam os elementos, mesmo os mais primitivos ou o que vêes é algo de palpável, tangível? Enxergas moléculas ou casa, carro, telhado, gato, janela?
Temos consciência do real, mas tê-lo em si, não o temos. Mas então como sabemos que o que é real é o real?
E se por algum acaso, em algum lugar, algum de nós precisar da realidade? Se para acreditar que ela exista, precise que ela seja tangível, seja visível? A realidade em sim, onipresente, é o Deus?
Isso me angustia e faz com quye eu queira conscientemente me envolver das coisas que não consigo apreender, tocar, ver.
Lembro que uma vez, durante uma aula de física, um professor com o qual eu costumava ter um relacionamento partircularmente carinhoso, disse que fisicamente, o ato de abraçar-se a outrem não era possível., e o explicou (infelizmente eu não lembro a explicação). mas além dessa informação me chocar, ela me tirou o lugar seguro.
E aquele abraço forte que quase ninguém consegue me dar no qual a minha respitação se suspende? Parece tão... real. (?)
E a sensação de estar exatamente onde se devia e onde se quer estar?
Sem a realidade e sem o abraço... o que me resta?

Um comentário:

João disse...

ok. Pode até ser que coisas sejam diferentes, mas, isso vai fazer com que as pessoas deixem de ser pessoas. As coisas passarão a não existir?

De que importa o que as coisas são se o que importa mais é a ação?