Alcoólica

Sempre quis ter a ilusão de que eu não sou coisa efêmera, passageira.Sempre quis durar, eu sempre acreditei no pra sempre e todas as vezes que eu o usei, era de verdade.
Eu vou te amar pra sempre
Vou te odiar pra sempre
Vou te ignorar pra sempre
E até o nunca, palavra negativa, costuma fazer - me as vezes de pra sempre.
Eu nunca vou te esquecer
Eu não vou me recuperar nunca
Eu nunca mais vou falar com você e nunca mais vou derramar uma lágrima por você
Eu nunca vou te perdoar
E as coisas que eu falo que nunca mais vou fazer, eu sempre faço. Quando se trata de amor, minha personalidade desaparece, e eu sou passiva. Minha natureza é ser passiva, submissa. Talvez por isso eu não dure, talvez eu canse depois de algum tempo.
No começo eu sou encantamento... aquela menina fofa, com o tempo, outras facetas; mais adultas e menos condizentes com minha "aparência fofa" aparecem. E elas costumam ser boas. Tomo todo cuidado do mundo pra não repetir os mesmos erros de outrem, eu quero ser perfeita. E na minha alegria de estar junto, aparento felicidade infantil, tão infantil que me parece impossível que não se sorria perto de mim.
Uma vez, num ato falho, disse que sou alcoólica. Fazendo uma comparação, posso ser...viciante, boa somente numa determinada instância, e depois de um tempo, talvez, deva ficar chata.
Algo acontece e eu não sei o que é. Algo se perde no meio do caminho e sou abandonda. Mas paciência, um dia volta. Será que volta?
Dois anos é um período de tempo perigoso. As pessoas voltam depois de dois anos. Não sou que procuro e nem você; as iniciativas são tímidas.Simplesmente acontece
E eu te vejo daqui há dois anos.