Tudo aquilo cotidiano

Assim, tão de repente, num determinado momento, dou-me conta de que tudo aquilo que eu imaginava ser uma loucura extraordinária, fora de propósito e sim, de certa forma maravilhosa, era apenas mais um capítulo, página virada de folhetim como diz a música.
Incrível como que um fato tem um significado totalmente diferente pra 2 pessoas. E a mania do "tem que ter alguma coisa" tem que acabar. Já não procede. O que pra mim foi aquilo tudo, por diversos motivos: por ser quem era, pelo lugar, pela coragem que eu precisei arranjar, pelo modo como tudo foi conduzido, pelo que tive que escutar, pela constante sensação de que estava fazendo algo de muito errado e que um dia veria fortemente as consequencias disso (e aconteceu exatamente assim).
Aparentemente o meu isso tudo é cotidiano, uma coisa até já planejada, o que faz com que aquele dia tenha se tornado barato e toda a experiência quase que inválida, todas as palavras frases feitas e o que aconteceu foi a única coisa que dependeu mais de mim, porque pra isso, não tinha script.Eu passei dias me torturando e pra quê? Pra uns meses depois eu ver a mesma coisa acontecer com outra pessoa?O aquilo tudo talvez nem tenha existido e deve ter sido mesmo invenção da minha cabeça. Mas o que eu sei? Eu só tenho 19 anos e aos olhos de certa pessoa, ainda sustento paixões juvenis.
Talvez por um breve período de tempo essa tenha sido minha paixão juvenil, porque, mesmo que eu tenha inventado coisas, a química eu não inventei. Ainda tenho a esperança de que haja uma pontinha daquilo tudo.
Ao menos fui levada em casa...
"- Me abraça, pô!"
E não fui friamente largada, sozinha, no sofá duma boate.