Eu hoje lembrei que toda vez que passo pelo Estácio, naquela "rua principal", a que parece ter vários cortiços, aquela rua feia, aquela rua que é, literalmente cinza, eu penso num certo alguém. Deve ser por saber, que aquela pessoa está ali, a uma distância quase insignificante, num bairro quase que vizinho. Hj, ele pra mim é isso, ruas tristes, cinzas e amargas do Estácio.
E mais uma vez eu me precipitei,e fiz justamente o que tentava não fazer.E agora aqui estou eu, decepcionada e sem saber o que aconteceu, sem saber o que pensar e sem saber que futuro terei eu. Nem eu mesma sei o que esperava, mas sei que esperava algo, assim como as pessoas em volta de mim esperavam tb. Eu mais uma vez, achava que pelo menos dessa vez, as coisas seriam diferentes. Mas agora estou vendo que não, que não vai e não deve ser tão diferente assim. E por que seria, hein?
E agor aqui estou eu, parada no ar, no meio do caminho, entre o precipício e o mar, pensando: eu realmente deveria ter me jogado?
e com a certeza de que hei de morrer...
2 comentários:
às vezes vale a pena se lançar, seja pela vida, seja pela morte. sempre tem o inesperado no meio do caminho. há sempre uma corda, um barco, um colchão ou um mergulhador.
e eu não posso passar pelo estácio sem lembrar daquela música "bem no compasso, bem junto ao passo do passista da escola de samba do largo do estácio do largo do estácio."
Nossa, que filosofico isso. Bem eu não sei bem do que se trata, mas acho que se vc tem algo a ganhar quase sempre deve se arriscar. lutar, lutar muito, mesmo que se apanhe muito, mesmo que seja nocauteado, mesmo que tenha que subir ao ringue varias vezes, vale a pena. Pelo lutei muito sofri muito, apanhei muito, cheguei até desistir temporariemente de alguem que muito mais que especial pra mim, mas deu certo, finalmente ganhei a luta. Agora, bem, agora carrego o cinturão com orgulho e o brilho de um vencedor nos olhos. Você acha mesmo que não pode vencer? Tente, tente e tente.
Beijos
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