Não que eu esteja num humor praticamente satisfatório. Aliás, tem sido assim a semana toda. Meio sem vontade, meio sem vida. Arrastando os pés um após o outro, após o outro, após o outro. Sem saber muito o que fazer, com consciência do que não desejo fazer. Intervenções virtuais se colocando no caminho e eu tendo que decidir o quão verdadeira se pode ser com determinadas pessoas após determinadas coisas. Chorar por uma frase descuidada mandada por um amigo mais descuidado ainda que, a essa altura, já deve achar normal as situações às quais você nunca se acostuma e a dor nunca passa. Existe bastante coisa que tenho evitado de fazer, existe coisas que deveria estar evitando mas não estou. Hoje, num programa de tv, ouvi uma mulher se auto denominando pain junkie. E eu acho que talvez, só talvez, seja isso que eu tenha. Não é tão ruim. Eu poderia ser a happiness junkie e isso sim seria um desastre.
Tenho que escrever. Preciso escrever. Cheguei no estágio que sonho com diálogos e páginas inteiras do que quero escrever, que se apagam assim que tiro meu pijama.
Minha cabeça tem é se voltado para o céu. Melodramaticamente, as nuvens como abrigo perfeito. Leitos quentes e macios que eu olho da janela.
"I Lost myseLf (I lost myseLf)
I Lost myseLf (I Lost myseLf)
You can't see how
because I am just a cloud
A cloud... "*
I Lost myseLf (I Lost myseLf)
You can't see how
because I am just a cloud
A cloud... "*
* Cloud - Fishersponner
2 comentários:
mais uma vez, traduziu.
Então, escreva.
Me desespera ler "hapiness junkie" - acho bem pior que pain junkie também.
Ao menos há nuvens que você consegue encontrar. Geralmente a gente sempre insiste em fazer coisas que, em teoria, não deveríamos estar fazendo. Não deveríamos, por quê? Porque machuca? Sei lá, se acabamos fazendo, é que de em certo grau a gente precisa ou devia fazer. (Tô falando abstratamente, claro; não faço idéia do que é o seu caso...)
Boa sorte com as letras ;)
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