terça-feira, julho 29, 2008

Y

Somente há pouco havia parado para pensar. Os nomes eram quase o mesmo, com excessão a uma consoante e ao lugar da sílaba tônica. Na verdade, a sílaba teria de ser a mesma mas ela não saberia dizer quem era errado, apesar de ser óbvio a ela, professora de português e mais que isso, ela sabia em algum lugar a resposta: poderia-se chegar a ela pela maneira pela qual viviam. Uma mais claramente errada, como uma ferramenta esquerda em mão destra.
O problema era dizer qual. Havia tomado conhecimento que as reações eram deveras parecidas. E que as lágrimas insistiam em rolar assim como as palavras insistiam em falhar e esconder-se adentrando aquele espaço inconcreto da mágoa que estoura um dia.
E era incontrolável, corria solto porque tinha que correr. Os outros é que nunca entendiam e suas mulheres (ou pelo menos a mulher dela, tinha aquela reação tipicamente machista de quase dizer "mulheres" - e queria esconder-se numa calça aberta de homem). A outra não sabia o que fazer nem dizer, pra que lado olhar, o que escolher. Apenas a culpava pelas brigas e pelos desvarios, sem paciência alguma de ver que ela funcionava desse jeito e que mudar assim, não seria mudar por ela mesma mas apenas pra satisfazer.
Problemas separados por uma consoante e sílaba tônica e não se saberia dizer quem trilhava de alguma torta forma o caminho destro, direito.

Nenhum comentário: