quarta-feira, abril 09, 2008

Prazer


Gostaria que aqui tivessem os posts trancados tal qual lj mas enfim, vamos lá...
Todo mundo gosta de ficar fazendo conexões entre si e os personagens preferidos das séries. O meu com o House, não é ser anti - social por mais que, vez ou outra eu goste de dar a entender que não faço muita questão de ser um ser social. Não é que seja mentira. Aliás, quase todas as vezes que eu defendo isso, eu realmente mean it. Mas isso é só uns 30% contra os 70% de sociabilidade que eu tenho e faço questão.
Meu ponto em comum com o Dr. Gregory é... eu não gosto de mudanças. Ponto. Não digo em mim, porque o em mim, é a única coisa que eu mesma me dou ao direito de mudar quando eu bem entender independente da opinião alheia. Que o diga todos os piercings que eu já tive e tirei, as minhas três tatuagens e o meu cabelo que não sossega com tamanho, cor, com nada. Em compensação, tudo e todos que me cercam, eu faço o possível para que continuem com os mesmos (e se for impossível os mesmos, no caso de pessoa, bem parecidos, ao menos) traços que me atraíram.
Vide que... eu durmo com o mesmo bichinho de pelúcia desde os seis anos de idade - um golfinho, na casa do meu pai, tem um travesseiro meu que eu me recuso a jogar fora (e agora que eu não vou mais lá, ele já deve ter o feito) que é tão velho, que tem uma mancha de sangue de quando eu tive um sangramento do nariz aos quatro anos. Eu morei a minha infância toda no centro e a transição pra zona sul na minha pré adolescência foi muito difícil. Mas agora que já se passou todo esse tempo e eu sou uma garota da zona sul, não dá mais para eu voltar a ser do centro e eu não fui da zona norte nem durante o tempo em que morei lá com meu pai.
E isso já me trouxe problemas, claro. O meu golfinho mesmo. Não é sempre que eu dispenso ele. Aliás, estando na minha casa, quase nunca, nem quando estou acompanhada eu costumo fazer isto. O que já deixou gente com raiva, ciúmes, sei lá o que. Mas tudo é incerto, não é? Como dizer pra uma pessoa que não se sabe muito bem o que é e dizer...olha, estar na minha cama, você mais do que ninguém sabe que não é grandes coisas. Não quer dizer nada demais. Não dá pra largar a minha infância assim, de uma hora pra outra e pedir que eu não durma com o mínimo de conforto com a qual já estou acostumada porque acham um absurdo eu, na época com 19 anos dormir com bichos de pelúcia. Pois bem... a pessoa foi, o golfinho permaneceu.
A minha bagagem é cumulativa. Eu assimilo muito para mim e em mim e isso faz parte das não mudanças. Sim, mudar é uma coisa positiva, na maioria das vezes, mas eu sou metódica. Não consigo evitar.
Por isto que mudanças propostas por mim, querem dizer alguma coisa quase sempre. Seja consciente ou inconscientemente.Eu demoro mas chega uma hora em que eu acho que está na hora de step foward. Mas isto demora. Meu tempo é um tempo todo e tão psicológico que, imagino eu, deva ser muito difícil de acompanhar. Porque ou ele é muito rápido ou é muito devagar. Não tem meio termo.
Eu gosto do que eu gosto. E quando muda, pode até ser que eu goste mais. Mas antes de eu admitir que gostei mais do novo, eu vou gastar muito tempo e energia reclamando que preferia o antigo, numa saudade que eu posso nem ter. É meio necessário para mim. Eu vivo bem assim.
Prazer,Gregory House.


3 comentários:

Anônimo disse...

dormir de conchinha é um saco! Muito desconfortável...

Bruna Maria disse...

Vão-se as pessoas, ficam os golfinhos, rs.
Nunca consegui dormir com bichinhos, etc. Só gato, animal vivo mesmo. E mesmo eles sofrem, porque eu me movimento muito e tudo que está na superfície da cama vai ao chão. Haha!

Greg House.
Bem, acho interessante você falar desse tempo seu, psicológico, totalmente pessoal. É legal vcê admitir que pode ser difícil acompanhar, porque lendo assim, parece que pode mesmo.
Mudanças, algo que não sei o que dizer. Na verdade, eu gosto delas; em mim, ou ao redor, tanto faz. Mas sempre na medida, sempre com algum resquício do que estava antes no lugar, se não enlouqueço, como alguém que perde seu referencial.
Estou descobrindo esse ano que nada fica parado, como eu ingenuamente acreditei. E o que de mudanças tenho vivenciado, esteve fora de cogitação até 2007. No início, é sempre uma surpresa doloria, um caos, semanas de crise. Por conta dos referenciais perdidos, que disse. Mas depois, é um ânimo bom. Ares novos, modos diferentes para a vida, e para os dias. Enfim, atualmente, estou favorável a mudanças externas - e internas, se for o caso.

Raven disse...

hahahah gente, ri mto com essa frase: "Pois bem... a pessoa foi, o golfinho permaneceu." entendi total! ;p

e eu adoro o House.