Bury it all,
Away.
Tried to fake it, I just can't take it.
I don't care if it hurts,
Just so long as it's real.
I won't waste it, turned to face it,
I'd sharpened a knife, then used it
(Suture up my future - Queens of the stone age)
E eu não sei quem foi que disse que era para isso que eu servia. Há uns dois, três dias, vem me martelando na cabeça uma idéia. De um primeiro conto que eu escreveria inteiro, dessa vez. Inteiro, sem parar no meio do caminho.
Acho que o motivo para eu gostar tanto de literatura contemporânea, contemporânea minha, é claro, é a possibilidade de eu tentar achar o jeito, o "como faz?".
As vezes, chego a achar genial mas não genial Mayra. Comigo, não colaria.
Então, eu já tive a idéia do romance da minha vida. Literalmente. Mesmo. Depois de ter lido Cidades Invisíveis. Já fiz até separação de capítulos. Mas as personagens, eu não consigo amarrar Verônica e Alice juntas. Cada uma fica tentando achar uma independencia inexistente fora da tela do computador. Nenhuma palavra escrita.
Na vida, escrevi um único verso. Quando um homem entrou no ônibus com um violão, cantando. I was carred away e escrevi um, UM verso. Sozinho, solteiro, solitário. Nunca procurei desenvolver.
E agora, a idéia do conto: um homem que passava os fins de semana pegando ônibus que passassem por viadutos. Era algo na visualização da paisagem carioca por cima de um viaduto, o pôr-do - sol e o amanhecer. O homem dos viadutos.
Horrível.
Cartas e metalinguagem. Meu futuro é esse.
Enquanto isso, eu brinco com teclas.