" Aquilo continuou: escuridão, depois luz; luz, depois escuridão. Terminei a garrafa e fui em busca de mais. Voltei, tirei a roupa, retornei para a cama. As partidas e chegadas dos rostos continuavam; era como se eu estivesse tendo uma visão.Eu era visitado por centenas de demônios que o diabo em pessoa não podia tolerar. Bebi mais vinho"
(Factótum - Charles Bukowski)
Alice tem seus vícios. Muitos, aliás. Pode-se dizer uma pessoa viciada. Nunca entendeu como existem pessoas que se dizem viciadas na vida. Mas então vício não era mais pressuposto de palavra ruim, coisa danosa? E logo na vida? Essa coisa à qual pessoas se apegam, tentando desesperadamente so-breviverem. E por quê? Por que precisam? Mas precisam sobreviver por quê? O que tem de tão bom na vida e tão ruim na morte?
Eu morro sempre, nasço depois, amanhã. Mas não por necessidade ou escolha. É-me involuntário. Eu re- nasço.
A vodka, o cigarro, o café, as canetas, o diário, a máquina. Tudo combustível para esta máquina aqui. Ligada a esmo idependente de vontade.