- Se lembra do tempo em que o ponto alto dos fins- de -semana era vir ao shopping?
- Lembro!
- Parece que faz tanto tempo. Eram os dias pelos quais ansiavamos a semana inteira. Nos maquiávamos, colocávamos uma calça jeans e um salto e íamos.
- Eu não me maquiava.
- Eu sim. Sempre as máscaras, desde que cresci o bastante para poder usá-las.
- Não era bom?
- O que me impressiona era a simplicidade. Como tudo era fácil e prozaico, de alguma maneira muito mais verdadeiro. Eu tinha fins de semana não metades de dias perdidos que começam às três da tarde.
- Eu sinto falta daquele tempo.
- Eu também.
2 comentários:
É estranho ter que ser assim, não? Acho que podia ser diferente, que as coisas podiam ser percorridas por esta simplicidade espontânea que nós mesmos um dia já cultivamos, vivenciamos. Onde será que o elo se rompe a as coisas perdem essa graça específica? Eu fico me perguntando. Talvez uma série de fatores influam aí.
Mas ainda contamos com uns momentos bonitos e simples de quando em vez nas nossas vidas, né? Desses que surpreendem a gente sem que esperemos... quero dizer: pode não ser que esperemos os finais de semana nos shoppings e algum tipo de simplicidade sincera e agradável... mas ela pode nos surgir e nos arrebatar onde menos acreditamos. E talvez isso torne essas situações inusitadas tão mais saborosas. Pena que são reduzidas, esporádicas, quase inexistentes.
Beijos!
- Eu também.
Engraçado que semana passada mesmo, estava ali na torre do Rio Sul e comentei com um amigo que nos reuníamos ali no final de semana, bebendo, fumando e fazendo coisas que achávamos que eram de "gente grande".
É, brincar de ser gente grande é muito mais fácil do que realmente ser.
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