terça-feira, setembro 04, 2007

Aprendendo com Bogotá II

João Paulo Cuenca , novo link do blog, cronista do qual sou fã, é um daqueles cronistas mais jovens que ainda não esgotaram seus assuntos e viagens e não fica o tempo inteiro falando de política.
A crônica dele é semanal, no caderno Megazine, do O globo. E não, não é bobinho. É bem escrita, irônica, sarcástica quando necessário. Bem humorada e crítica, bastante crítica.
Esteve recentemente no Japão, lugar que será cenário de um futuro romance que já deve estar sendo escrito.
Esta semana, ele escreveu de Bogotá.
João me faz ter novos olhares em cima de olhares já novos que eu tinha de determinado povo e/ou país.
Todo mundo sabe a indiferença com a qual eu trato o Japão. Nunca me interessei, nunca me chamou a atenção e eu ficava sempre me perguntando qual era o motivo de tanta fuss. Daí vieram minhas alunas japonesas. Lindas, de um jeito que eu nunca achei orientais bonitos. Verdadeiros desenhos animados daqueles que eu assistia quando era menininha. E elas faziam cara de desenho animado. Sabe aquela cara com uma gota grande em cima? Quando um personagem fica bravo ou é como se dissesse "pqp"? Pois é, eu juro que entendi aquela carinha depois de observar minhas alunas.
Cuenca descreveu as jovens japonesas como Lolitas wannabes. Para mim, eram todas protótipos de Saylor Moon.
Essa semana, lá estava ele, falando do povo colombiano. Os meus alunos colombianos (entre eles, o famoso Santiago) pareciam todos bem abastados, bem nascidos, bem educados. O que remeteria a qualquer pessoa como aparentados com algum magnata do café (ou de algum outro pó qualquer). Lendo a crônica dessa semana, descobri que não. Colombianos, como uma boa parte dos outro latino americanos recebem um investimento maciço em educação. Coisa muito mais avançada do que qualquer escola pública por aqui, muito mais até do que as melhores, as federais e estaduais. A educação pública deles é equivalente à nossa privada de mais alto nível.
E eu que ficava me perguntando porque quase todos os latino americanos especializando-se aqui, eram médicos já formados.
Descobri a resposta.

(a ser desenvolvido)

2 comentários:

Bruna Maria disse...

Li uma vez o João Paulo, numa coletânea ("Prosas cariocas"). Depois, na binenal passada, lá estava ele e o Nazarian num debate - e eu fui.
Fiquei com impressão péssima, mas acho mais por conta do Nazarian.

É bom ler você falando do Cuenca, porque me motiva a dar uma chance a ele que eu ainda não dei.... vale a pena, então?

Agora, como funcionou aquele esquema dos escritores viajarem para colher info pros romances? Você sabe? Achei interessante, mas fiquei me perguntando co-mo? Eles se bancaram?

Beijos!

Raven disse...

lamentável a situação da educação aqui no Brasil...