Existem certas coisas que não fazem bem a pessoa alguma, como experimentar um tipo de auto identificação extremamente grande (e perigosa) com certos personagens, ficcionais de verdade, não "os personagens" de carne e osso que andam por aí.
Pior ainda, é se esse personagem for transmitido por uma tela, onde tem um rosto, expressões que fingem sentimentos que não estão ali, nele, mas sim, em você, do lado oposto da tela. Entretanto, há algo que pode ser pior, pior é quando o tal personagem parece-se mesmo com você, fisicamente, inclusive. Como se houvesse uma forma do qual - personagens e pessoa fossem feitas de uma só vez. Uma mesma biografia, possivelmente até um mesmo mapa astral.
E as lágrimas, elas descem em uníssono.
Parece um espelho virtual, com a diferença que, dessa vez, o virtual é mais velho que eu, e funciona como bola de cristal: é como se eu previsse meu futuro incerto.
"waiting for the real deal to come along."
Um comentário:
E as lágrimas descem mesmo em uníssono. Deve ser como ir fundo em alguma questão sua, tocá-la e expô-la figurativamente, com uma exatidão e beleza próprias dessas representações artísticas. Isso mexe muito, reaviva coisas que a gente nem se dá conta... são os sentimentos que estão em nós e que a tela, no caso, pretende transmitir.
Beijos.
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