A única conclusão possível é que somos nós mesmo que nos diferenciamos, diminuimos ou aumentamos de acordo com cada caso.
Ambos os ambientes eram pequenos mas não do mesmo tamanho. Um deles, era fisicamente maior do que o outro. Parecia menor, entretando. Ambos espaços inteiramente tomados sem quase qualquer espaço vago onde se pudesse respirar das coisas. Cada qual com omóvel que orientava a direção do lugar. Enquanto num era a cama o principal acessório, aquela cama de chão para deitar e dormir quando se cansasse das demais atividades, era o principal ali. Uma vez naquela parte do quarto, o querer levantar-se tornava-se difícil. Não havia vontade alguma.
Estava num daqueles lugares que parecem os feitos sob medida, especialmente para se estar. Um lugar onde se cabe, perfeitamente. Apesar de vozes externas e paredes do lado. O ar era o bastante e a parede não sugava o oxigênio. Toda a pressa era para continuar ali o mais tempo possível.
O outro era um lugar cheio demais, maior mas com muito mais informações, muitas delas desnecessárias. O barulho era muito e maior também. Incomodava. E nem mesmo a sensação de mais espaço retirava o ar pesado e opressor daquele lugar, daquelas máquinas todas apontando para o lugar no qual se deita. Havia desconforto de quem não queria estar ali. Havia descompasso de vontades e sentimentos, o principal deles: havia um dos seres que estava ausente, não queria estar ali. Dormiu de cansaço e acordou cedo num sobressalto. Nada como havia sido duas noites antes.
Levantou-se e saiu.
Ambos os lugares menores que o seu próprio quarto, que talvez fosse mesmo um pouco grande demais. Mas o menor, era maior e o maior de uma pequenez na qual não conseguiria viver.
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