Eu adoro essa praticidade das pessoas que acham (e de uma certa forma, podem) colocar a química a seu favor para resolver todos os males do mundo.
- Meu amor, não está feliz? Quer que eu aumente a dose das suas bolinhas*?
E se a felicidade é uma sensação química ou alguma coisa assim que eu não lembro e nao sei explicar porque isso é muito distante da minha área de conhecimento, nada mais lógico do que "consertar" isso pela química.
E só para não dizerem que eu dei uma de junkie, eu respondi: Não, obrigada, não precisa.
Talvez a mess seja só isso: a lack of joy.
* bolinha aqui está como um eufemismo que foi criado entre eu e meu médico para designar meu remédio (que não é nem d longe algo tão forte quanto Prozac). Essa bolinha não equivale a anfetaminas, ok?
(nossa, quanta necessidade de me explicar!)
Um comentário:
O que dizer quando até mesmo o amor foi rebaixado da condição de "sentimento" para uma "simples reação química do nosso organismo", onde em alguns ele pode se manisfestar de modo sensato e em outros transformar-se em imensa loucura. Em breve, talvez eles (os cientistas)inventem uma pílula eficaz contra os sintomas do dito-cujo. Ultimamente tudo parece encontrar solução em substâncias extraídas diretamente dos "famosos" e "adoráveis" elementos da tabela períodica. (Vc ainda se lembra de algum? haha!!)
O engraçado é que - ao contrário do seu médico e, para o meu espanto - o meu médico, depois de diagnosticar em mim uma pequena infecção nos rins, me receitou beber altas doses de chá de quebra-pedra. Finalmente um médico que vovó gostaria muito de conhecer, hahaha!!!
Bjs!!
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