É muito fácil sair de uma aula do Marcus com mil idéias a respeito dele e odiando ele - e a aula profundamente pelo resto da vida.
É muito fácil detestar uma pessoa pq ela diz que nós, no alto de nossos vinte e poucos anos somos muito mais conservadores do que ele, com seus cinqüenta e que não adianta, a gente só quer saber da literatura e história de coleginho, com seus esquemas e arrumações, catalogadas tal qual a as classes da biologia.
É muito fácil, simplificar ele a ser um escroto, viado e dizer que ele quer nos impôr de qualquer maneira aquelas filosofias delirantes que nos tiram de todo o conforto que temos, com relação a tudo.
Nós e a nossa mania de biografias para explicar tudo, de períodos históricos pra nos situar, pra nos dar um chão. Chão, que chão?
Eu nunca leio as biografias dos autores, acho isso de um voyerismo tremendo, quase fofoca e acho que, ficar comparando biografia e obra desmerece a ficção, em si.
Outro dia estava pensando sobre a História. E se, tudo que acontece, tudo que é contado tem, pelo menos, duas versões, onde é que está o fato verdadeiro? Qual é a verdadeira história, qual dos pontos de vista? Nós nunca divergimos em nada e baseamos uma vida inteira numa certeza que poderia muito bem desmoronar a simples apresentação do outro lado.
Verdade? Eu não sei o que é isso. Não sou verdadeira nem no que conto porque quem conta, sou eu.
Hoje, eu tive vontade de abraçá-lo.
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