
Não sei porque, mas eu me solidarizo muito quando as gatas aqui de casa entram no cio. Não pelo aspecto sexual/biológico da coisa, mas porque, tem sempre uma hora, em que elas ficam serenas.
A Morena vai pra janela, olhar a vida passar e pensar porque ela está ali, naquela condição. A Frutinha deita na mesa, com o mesmo olhar reflexivo apontando pro vazio. Elas sentem dor, com certeza. Dor de cólica, talvez, dor no coração, o que seria ainda pior.
E nessas horas, cadê alguém pra dar o colo? O único gato macho daqui de casa - castrado - não quer saber delas. Chega até a se esconder.
Se elas vem sentar-se do meu lado, eu tento conversar, confortar de alguma forma.
É humano demais! Ou talvez seja eu, querendo me animalizar à categoria de fêmea.
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