" Não, agora nunca mais diria, de ninguém neste mundo que eram isto ou aquilo. Sentia-se muito jovem; e, ao mesmo tempo, indizivelmente velha. Passava como uma navalha através de tudo; e ao mesmo tempo, ficava de fora, olhando. Tinha a perpétua sensação, enquanto olhava os carros, de estar fora, longe e sozinha, no meio do mar; sempre sentira que era muito, muito perigoso viver, por um só dia que fosse."
Mrs. Dalloway - Virgina Woolf
Acabar um livro depois de meses e várias interrupções era talvez o que estava precisando. Parar de arrastar por meses a coisa, ver, colocar em minha leitura o último ponto final. Muda o livro, mudam as palavras, as subjetividades e obcenidades (reais ou imaginárias). Muda tudo.
Dá um novo ânimo, inspiração diferente. Isso vai acabar com a minha rotina nada saudável de férias. Dormir, somputador, dormirde novo, fazer uma qualquer coisa pra comer, se tiver sono, dormir de novo, computador e por aí vai. Exvetuando os finais de semana: Cigarros, bebida, pessoas, jogação pesada, vazios, buracos tapados aos trancos e barrancos, sexualidade exacerbada em todos os fios de cabelo, sarcasmo feroz, iniciativas.
Ócio nada produtivo, nada na cabeça. Me sinto menos inteligente a cada minuto.
Whatever
No processo de sair da crisálida, é tudo devagar. De quando em quando, eu fecho o livro e olho para a janela, procurando não sei quê. Eu ando desaprendendo o que é ser pessoa eternamente apaixonada, sofreno e chorando muito por amor, criei crosta, virei exterior.
É estranho, sinto como se pudesse tudo agora. Break any heart, but never my own.
Mas eu não quero, não pretendo virar máquina. Sangue e lágrimas devem estar a caminho, eles sempre chegam, soon or later.