- Às vezes , parece-me que a sua voz chega de longe até mim, enquanto sou prisioneiro de um presente vistoso e invisível, no qual todas as formas de convivência humana atingiram o ponto extremo de seu ciclo e é impossível imaginar quais as novas formas que assumirão. E escuto, por intermédio de sua voz, as razões invisíveis pelas quais existiam as cidades e talvez pelas quais, após a morte, voltarão a existir."
As Cidades Invisíveis - Italo Calvino
Falta atenção nas coisas, ultimamente. Nas músicas que ouço, nos livros que leio, nas letras que escrevo, no batom que passo, inclusive nos trabalhos que faço. No último que fiz, esqueci uma questão inteirinha e o grupo paga o pato.
O que eu tenho na cabeça? O que eu não consigo de tirar da cabeça?Há algo que não adianta, eu fico remoendo o tempo inteiro, tentando me convencer de que foi melhor assim.
Eu não sei se eu me arrependo, e não sei se eu tenho mais o que dizer.
Eu queria voltar a ter vontande de fazer as coisas, de ficar com as pessoas, de sair de casa.
Quer me dizer, o que está acontecendo comigo?
(eu perdi a razão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário