Parece que eu estou sempre presa, seja à algum lugar ou à alguém. Vez por outra, eu me vejo presa de verdade, forçando passagem, pra dentro ou pra fora, quebrando chaves com a força que não tenho. Chorando feito Alice, diante de uma porta fechada, sou sempre muito pequena, para alcançar a chave em cima da mesa de vidro.
Eu não gosto de ter que acreditar no destino, em talvez foi melhor assim. E eu estou tentando não me auto sabotar. O meu masoquismo já me levou baixo demais.
Eu estou cansada. Realmente cansada.
Aqui é sempre quente. Eu nunca abro as janelas e nem ligo o ventilador. Só olho pela janela através do vidro que não é limpo faz tempo, toda vez que não consigo escrever.
Estou sempre sozinha, e não há música que chegue.
Eu venho me segurando pra não chorar, faz tempo. Hoje, me vendo sem saída novamente, voltei à crise que sufoquei.