Somme nous le jouets du destin?

Eu deveria estar sentada esperando o que vai acontecer agora ou devia estar fazendo algo?
Eu devia falar alguma coisa ou esperar que me dissessem alguma coisa?
Sabe, eu desaprendi a lidar com certas situações, porque faz muito tempo.
Talvez eu tenha que aprender de novo. Eu tenho que aprender de novo?
E vou ter quem me ensine?

É domingo, daqui de cima eu espio a piscina com um desejo secreto de descer e me banhar; o que acabaria com minha palidez. Começo a sentir frio, não está com tempo pra piscina.
Volto ao meu livro, e deito com a cabeça no sofá.
Não consigo me concentrar. Há dias.
Um barulho vem não sei da onde. É da minha cabeça. Está tão silencioso que consigo ouvir meus pensamentos. Tapo meus ouvidos com as mãos porque não gosto deles, não tenho certeza do que me dizem. Não sei o que fazer.
Dezembro me parece ser o mês mais excitante do ano; o meu sopro de vida. E a perspectiva de daqui há duas semanas, com a desculpa para todos os meus vícios, me anima e me assusta.
Mas eu estou bem, normal e entediada. Viva, em suma.

Eu realmente tenho muita pena das pessoas que moram no morro e são obrigadas a ouvir aquela música (música?) quando é dia de baile funk. Deus as protejam. Eu não sei se aguentaria.