A primeira coisa que pensou quando se viu sozinha em casa foi: preciso fumar! E foi catar os cigarros dentro de sua mochila rabiscada e o isqueiro dentro de uma caixinha com um coelhinho em cima... Não, ela não fumava mais, pelo menos não regularmente, não era uma viciada. Mas como ex fumante que era, poucas coisas a acalmavam tanto quanto o simples ato d segurar um cigarro. E ontem, ela encontrava-se especialmente agitada.
Não conseguiu terminar o cigarro, mas também não havia importância. Ia para o computador, entediava-se, desligava-o... Ia ver TV, mas não passava nada d interessante, pensou em continuar a ler um livro, mas não estava em condições de focar sua mente em coisa alguma.
Sua irmã chegou da rua, bêbada, vomitando... Chamou-a no banheiro e pediu que preparasse-lhe um chá. Ela ergueu a sombracelha como quem diz: Não sei se vc se recorda, mas não estou falando com você. Vendo aquilo, sua irmã começou entre soluços a chorar e a pedir perdão, nos curtos intervalos de tempo em que não passava mal. Ela foi logo preparar o chá, pois também não estava com paciência de ouvir lamentações embriagadas. Não estava com paciência pra nada. Além do que, detestava ficar sem falar com a irmã.
Mais tarde um pouco ela viria a entender o que é uma pessoa fazero mal sem ter essa intenção. Um amigo seu disse algo que a fez murchar instantaneamente. Não que ela andasse pensando muito, na verdade nem conseguiria pensar, mas paradoxalmente, era algo que às vezes, ela não conseguia evitar. E ela nunca tinha sequer cogitado aquela possibilidade, achado que aquilo era uma preocupação. Aquilo a entristeceu, mas do que ela achava... Mas estava tudo sob controle, ela conseguiria esconder, se fosse o caso. Além do mais... muita água ainda rolaria por baixo daquela ponte. Era só ela controlar também a agitação e mais ainda a confusão.
O outro foi pra Maricá, hj... E eles mal se falaram a semana inteira, e ele não pegou nenhuma das duas cartas que ela havia escrito. Assim ficaria difícil manter até mesmo a amizade que seria o que eles queriam agora. Aquela situação está mais do q desconfortável, mas ela decidiu que pode mais uma vez fingir que tudo está bem, já que ele prefere ser mantido na ignorância e também é o mais prudente a se fazer. Ela tem 2 medos muito concretos: Como após uma relação como a deles, eles ainda esperam serem amiguinhos normalmente? Teriam que ficarem a pelo menos 5 metros de distância um do outro e evitarem o contato visual, porque desenvolveram toda uma comunicação pelo olhar, já sabiam dizer tudo o q queriam, o q estavam pensando...Sabiam exatamente onde enconstarem (apenas encostarem) para sentirem o outro se arrepiar.É... meio complicado. E a outra era; tinha muito medo da hora que explodisse, ela estava guardando muita coisa, muita mágoa, sem dividi-la e era como se fosse uma panela de pressão, uma hora, iria estourar e estourar perto dele, não sertia das coisas mais seguras. Deviam então tentarem dar uma afastada, acalmarem os ânimos e se desacostumarem com a presença um do outro.
Achando essa casa um marasmo só. Eu olhando pros gatos e eles olhando pra mim... =P
Nenhum comentário:
Postar um comentário